Battleship - A Batalha dos Mares

Uma sequencia de cerca de 10 minuto, onde oficiais cantam as posições dos inimigos como em um tabuleiro de Batalha Naval, são os únicos momentos momentos que quase valem a pena em Batalha dos Mares. A premissa de como seria possível mapear o oceano com uma grande quadriculada é interessante, e nem soa inverosímel. Embora todo o cenário que leva a trama até este ponto pareça o auge da combinação clichê+furos.

A Nasa descobre um planeta semelhante a Terra em massa, atmosfera e distância do sol, e envia um sinal de "estamos aqui" a partir de um transmissor de Pearl Harbor. Depois, somos apresentados a Alex Hopper (Taylor Kitsch), um rapaz problema, que depois de aprontar com a filha do chefe do irmão, recebe um ultimado fraterno: tomar jeito e entrar para a marinha. Anos mais tarde ele já Tenente e participa de um encontro entre as marinhas dos EUA e Japão. E os aliens finalmente respondem ao sinal com uma visita nada amigável. É claro que a reunião e a "visita" acontecem ao mesmo tempo e no mesmo lugar, Peal Harbor.

Com certeza estadunidenses precisam desesperadamente superar o ataque dos Japoneses à Pearl Harbor, ocorrido em 1941. Mas colocar oficiais americanos e japoneses lutando lado a lado por uma causa maior, não ajuda. E muito menos, tem a carga dramática que eles tentam embutir nas cenas de "parceria". Escolha repetida e que não convence.

Já a ameaça maior, os alienígenas, são controversos. Vivem em um planeta semelhante ao nosso, resolvem tomar o nosso de assalto, mas não suportam o sol? Porque não tentaram invadir plutão então?

Já a trama repleta de personagens clichês (mocinho rebelde com potencial, oficial patriota e responsável, general durão, mocinha com pai general) é rasa desde o princípio, mas a partir do momento em que os agressores isolam a ilha, a coisa se perde de vez. Personagens desaparecem, táticas de batalhas e a geografia da região deixam de fazer sentido.

Assim acompanhamos o massacre de um barco e seus tripulantes apenas com o propósito de dar responsabilidade ao protagonista. Um núcleo de personagens em terra que pouco fazem para mover a história, para frente. A escalação de Lian Neeson, para fazer nada na história. Acantora pop Rihana apenas como alívio cômico falho. Além de um final bonitinho patriótico, politicamente correto e previsível.

E o que mais poderíamos esperar quando Holliwood decide trasnformar em um "Transformers na água", um jogo de tabuleiro sistemático e sem trama como Batalha Naval? (no Brasil o filme não ganhou o nome do jogo, pois os direitos de produção do brinquedo pertencem a Estrela, e o filme à Harsbro). Para quem não lembra, é aquele jogo onde escolhemos posições e um tabuleiro na tentativa de acertar os navios inimigos. Com perdão do trocadilho, mesmo se a trama não fosse rasa, ainda seria um tiro n'água!

Battleship - A Batalha dos Mares (Battleship)
EUA , 2012 - 131 min.
Ação / Ficção científica / Guerra

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