Observações da vida cotidiana: estratégias de telemarketing

Não sei se ainda se faz isso. Provavelmente fazem. Antes da era do celular na qual vivemos, era comum colocar telefones de parentes e vizinhos com referências em lojas, bancos, consultórios, etc. O objetivo era ter uma opção caso a linha da pessoa estivesse ruim, ou mesmo quando esta ainda não tinha telefone. Logo não estranho quando eventualmente recebo ligações para pessoas que não moram comigo, embora faz anos que não as recebemos. Uma ligação esta semana chamou minha atenção. Eis a conversa:

Atendo o telefone e do outro lado da linha...
- Boa tarde, a senhora conhece a Maria da Graça? 
- Claro, conheço umas 10, é o nome mais comum do país. 
- Maria da Graça "sobrenome tal"
- Ah, tá! É minha vizinha.

Chamo a vizinha.
- Ela não está. 
E a voz preocupada do outro lado da linha responte.
- Tudo bem, eu ligo mais tarde.

Mais tarde...

Mesma ligação, mesma pergunta nominal idiota. Dessa vez a vizinha atende. E segundos depois ela volta, com o telefone sem fio e uma cara de incrédula. 
-Nossa, o que houve?
- Nada, queriam me convencer a ter um cartão de crédito.

COMO ASSIM ERA TELEMARKETING???
Isso mesmo. Lhes apresento a nova estratégia de pertubação criada pelas empresas de telemarketing. Achou que não podia ficar pior, não é? 

Aparentemente cansados de fingirmos que somos a faxineira, que a pessoa a quem procuram só está em casa no horário oposto ao que ligam. Ou de simplesmente desligarmos na cara deles, após um contundente "Não estou interessada!". Eles resolveram ligar para nossos vizinhos para terem certeza de que alguém vai lhes dar atenção.

Então, fica a dica: Preparem-se! Avisem seus vizinhos, criem novas desculpas e saídas. Os atendentes de telemarketing contra-atacam!!!

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