The Walking Dead - 7ª temporada (parte 1)

Negan. Sim, duas sílabas descrevem bem a primeira metade da sétima temporada de The Walking Dead: Ne-gan! E assim como em duas sílabas simples, os auges dessa mid-season são o primeiro e o último episódio. Porque? É onde o tal vilão mega-esperado mostra à que veio. Mas calma, caro fã da séries de zumbis, nem tudo é de se jogar fora entre esses dois pontos. Apesar da narrativas de altos e baixos da qual a série não consegue se livrar.

Depois do mais tenso e longo cliffhanger da história televisiva recente, a série foi extremamente bem sucedida em traumatizar personagens e expectadores. Nestes últimos ainda gerou mais um conflito: amar o pior vilão de todos, já que Jeffrey Dean Morgan (Comediante de Watchmen e pai de Sam e Dean em Supernatural) resolveu encontrar em Negan o personagem de sua vida. Carismático e odiável, quem diria que estas duas características andariam tão bem juntas?

Trauma feito, como lidamos com ele? Com bons e maus momentos. Entre os bons a boa apresentação do Reino e seu lider Ezekiel (o cara com o tigre), a aascensão, ainda em evolução, de Maggie em Hilltop e a recém começada relação entre Carl e Negan.

A maior fidelidade com os quadrinhos também surpreendeu. É claro algumas mudanças são necessárias. Daryl (que não existe nos quadrinhos), ganhou uma jornada solo, que nos apresentou melhor ao dia-a-dia e métodos dos Salvadores, o grupo liderado por Negan. Carol, que à esta altura já havia morrido nos quadrinhos aparentemente adotou, junto com Morgan, a jornada que era Michonne no Reino. Já a espadachim tem "tempo livre" para continuar o romance com Rick, que também não existe no material original. - Chega de namorar vítimas em potencial Xerife!

Os pontos fracos estão principalmente na separação dos núcleos por episódio. O que antes fora uma boa solução de ritmo para série (quando tinha apenas dois ou três núcleos) agora parece forçada e soa arrastada. Demoramos demais para reencontrar alguns personagens, enquanto gastamos tempo com outros cuja história não enche uma hora de série. - Sim, estou falando do episódio da Tara. Gosto da moça, mas não precisava de um episódio inteiro para mostrar sua jornada e apresentar o Ocean Side, que aparentemente ainda vai demorar a entrar na trama!

É claro, temos Rick perdendo o poder novamente. Mas convenhamos, quando o protagonista virar o "lider" definitivo, sem pares e questionamentos a história provavelmente estará próxima do fim. Além disso, a desarticulação do personagem feita pelas ações do vilão foi tão bem orquestrada, que o xerife chegou à um estado de desespero e desesperança nunca vista antes. Então perdoamos a repetição em seu arco.

E por falar em falta de esperança. Ao longo destes episódios vimos como cada personagem e núcleo lida com ela e com o luto. Entre desistências, enfrentamentos, negações e planos, aparentemente a maioria chegou à retomada da esperança. O próximo passo lógico, e esperamos que a série não se arraste nisso, é a guerra.

Se e como Alexandria, Hilltop e o Reino vão enfrentar o Salvadores é o grande questionamento para a segunda metade da temporada. Infelizmente, como em uma boa tortura de Negan teremos que esperar até Fevereiro de 2017.

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