Revendo conceitos

Durante uma reprise de Arnold, em uma tarde qualquer, me deparei com uma cena inusitada. Arnold (Gary Coleman) havia aprontado, e seria castigado. Willis (Todd Bridges), seu irmão mais velho, resolveu aplicar o castigo, já que era o único parente de sangue. (os dois garotos foram adotados pelo rico Sr. Drumont - Conrad Bain -, após a morte da mãe). Na cena seguinte assistimos ao menino levar umas palmadas dada pelo irmão. Tarefa que o mais velho, apesar de ter se oferecido, não gostou de cumprir. A mensagem do epsódio: "aplicar disciplina" é tarefa para o chefe da família.

Como assim???
Uma criança apanhando na TV, sem que a cena tenha o intuito de afirmar que pancada não educa? Taí, uma coisa que hoje em dia só vemos em Os Simpsons (escreva os nomes Homer e Bart no Google, a primeira imagem que aparece é de violência infantil).


Nossa! Como a TV mudou. Muita coisa, antes comum agora não mostra, ou mesmo menciona na telinha. E olha que foram apenas algumas palmadas, não uma surra. Lembrei que as coelhadas da Mônica no Cebolinha foram substituídas por onomatopéias, nos quadrinhos e nos desenhos animados. E que os padrinhos mágicos quando visitaram uma versão de "Tom e Jerry", colocavam a cabeça na frente de cada cena violenta e esclamavam: "não fazemos mais desenhos assim!". Nem mesmo o Cris, seriado atual cuja história se passa nos anos de 1980 apanha (dos adultos) na nossa frente.

É fato, a não ser pelos desenhos de combate, ou por motivos altruísticos, excluimos violência explícita dos programas infantis. As intenções sãos as melhores, mas a questão é: quem assiste TV também mudou? Só porque a Cady nunca apanhou ao aprontar em Eu a Patroa e as Crianças, não quer dizer que palmadas não sejam mais usadas como forma de corretivo, ou mesmo que seu uso tenha diminuído do outro lado da telinha. Entre crianças e pais por aqui ainda vejo muito essa prática.

Para mim fica a dúvida: banir certos comportamentos na TV ajudam a aboli-los também em casa?

4 Comentários

  1. Infelizmente a TV tem controle sobre o brasileiro (digo brasileiro porque não sei sobre os outros) hoje, ela influencia muito mais do que pode, pessoas vêem algo na TV e fazem o mesmo. A TV para a espécie homo-sapiens-sapiens é algo insubstituível, os seres desta espécie também já nascem mais desenvolvidos (aprendem mais rápido), e com isso, no século XXI não se tem mais tantas surras quanto na minha época... mas devia ter, se restart tivesse apanhado quando criança, hoje seriam homens e não a evolução dos teletubbies.

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  2. Normalmente sou contra surras, mas esse argumento do Restart é muito bom! Será que funcionaria com a histeria do Crepusculismo???

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  3. Infelizmente não... eu já dei surras verbais e emocionais em alguns colegas meus mas eles não aprendem... onde esse mundo vai parar?!

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