Branca de Neve e o Caçador

Já enjoou de Branca de Neve? Depois do seriado Once Upon a Time, e da versão estilo bollywood Espelho, Espelho meu, chega aos cinemas Branca de Neve e o Caçador. Versão estilo épico do conto de fadas com Kirsten Stuart, Charlize Theron.

Remetendo às versões originais do conto registradas pelos irmãos Grimm, a intenção é mostrar um mundo mais assustador e realista (dentro do possível, afinal ainda é uma fantasia). A intenção é boa, e visualmente acertada. Cenários detalhistas, bons efeitos visuais e direção de arte impecáveis, oferecem ao expectador, um castelo sombrio realista, uma fantástica floresta mágica, vestidos deslumbrantes para rainha má, e convincentes roupas de guerreira para a protagonista.

É quando tenta ampliar a história que o roteiro se confunde. Cria uma interessante origem para Ravena, a rainha (Theron). Mas, perde tempo em um triângulo amoroso, que desconfortavelmente nos remete a outra franquia estrelada por Kirsten Stuart. Será que a moça agora só aceita papéis, em que sua personagem tenha mais de um pretendente?

Assim, assistimos a entrada de Ravena na família real, sua posterior ascensão, e o anúncio da queda feita pelo Espelho. Branca de Neve, vira alvo foge para a floresta de onde o único a sair vivo foi o caçador Chris "Thor" Hemsworth. Assim levamos quase meia hora para conhecer um dos personagens título. Depois disso descobrimos que a mocinha é "a escolhida", e que o caçador é ótimo treinador de guerreiras. A moça se torna uma Joana D'Arc. Mencionei os oito anões? E também tem um príncipe encantado (Sam Claflin).

Incoerências e excessos do roteiro à parte. Mesmo mal aproveitados, difícil não notar o grupo de anões formado por Ian McShane, Eddie Izzard, Bob Hoskins, Toby Jones, Ray Winstone, Eddie Marsan, Steve Graham e Nick Frost. Todos grandes atores (em nome e estatura), são presentados com uma "gangue britânica da floresta". Chato é descobrir que de conhecedores de segredos e verdades da floresta cheiros de  personalidade, são transformados em alívio cômico no último ato do longa.

Mas é Charlize Theron que rouba a cena. Exorcizando todos seus demônios (ou ao menos se divertindo muito), ela entrega uma atuação super exagerada. Insana e maligna nos faz compreender suas ações, mesmo quando discordamos, ou simplesmente não faça muito sentido.

Dou outro lado, Stuart parece não faz muito esforço, e não chega muito além das caras e bocas que entrega e na saga vampiresca. O que faz questionar ainda mais o julgamento do Espelho Mágico. E daí que a moça é do bem? Não é mais  bela, e com certeza não é mais eficiente em tela que Ravena.


Branca de Neve e o Caçador (Snow White and the Huntsman)
EUA , 2012 - 127 min.
Fantasia

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