Orphan Black - 3ª temporada

Na primeira temporada Sarah Manning (Tatiana Maslany), tenta dar um golpe de identidade através de uma sósia e acaba descobrindo que sua suposta vida de orfã comum tem um objetivo muito maior. Ela é um clone. E passa todo o primeiro ano tentado não ser pega por assumir a identidade de Beth Childs (Tatiana Maslany), descobrindo suas "irmãs", fugindo de um grupo de fanáticos religiosos e entendendo suas origens. Esta última tarefa, ainda em curso, faz com que o mundo de Orphan Black cresça em seu segundo ano. Esta expansão súbita na ficção-cientifica, traz uma série de ramificações, consequências e conspirações que podem levar a trama para rumos confusos.

Logo, a terceira temporada da série sobre clonagem tem a intenção de aparar estas arestas. Além de reforçar as relações humanas e sua necessidade de prevalecer sobre toda a ciência fria. Helena (Tatiana Maslany) é o exemplo perfeito desse novo rumo. 
Helena, letalmente fofa disfarçada de Alison!

Finalmente integrada ao "clube dos clones", a ex-assassina, e cópia mais selvagem do grupo já vinha apresentando um carisma incomum. Neste ano seu personagem tem um arco aprimorado. Ao mesmo tempo letal e ingênua, ela mantém seu instinto assassino, mas agora para proteger suas "sestras", e a família que veio com elas. Dessa personalidade de extremos, surgem algumas das melhores cenas de humor da produção.

Mas é com Alison Hendrix (Tatiana Maslany) que fica a tarefa de trazer momentos de leveza em meio à conspirações cientificas. Seus arco de problemas mãe do subúrbio é ao mesmo tempo um alívio necessário e surreal que não tem receio de parar a série para se desenvolver. O artifício funciona muito bem para quem assiste os episódios em maratona e precisa de uma pausa para entender tudo o que viu. Já quem acompanha a transmissão semanalmente pode ficar frustado por alguns instantes ao perceber que terá de esperar mais uma semana, para que a trama siga. Antes de ser resgatado pelo humor absurdo e as relações entre os clones que aqui ganham espaço para se desenvolver.

Cosima (Tatiana Maslany) , continua em sua batalha para administrar seus interesses amorosos, o compromisso com as irmãs e a ciência. Até Rachel (Tatiana Maslany), o clone do lado negro da força começa ganhar seu espaço.

Sarah continua sendo o elo e a "detetive" do grupo, indo em busca de suas origens, que agora inclui o ramo masculino do projeto Leda. O projeto Castor, havia sido introduzido de forma confusa na temporada anterior, e aqui ganha melhor contextualização com os clones masculinos (Ari Millen), criados como braço militar da experiência. 

Assim como as mulheres, eles buscam uma cura para seus "defeitos" genéticos e sua origem, o que ocasionalmente podem ser a mesma coisa. Infelizmente, o efeito dos personagens de Millen, não é tão impactante quanto as múltiplas caras de Maslany. Provavelmente porque todos os clones masculinos que apareceram até agora foram criados como militares, logo sua aparência e personalidades não são tão distintas, quanto as das garotas..

Tornando essas relações mais complexas, o sempre carismático Felix "Fee"(Jordan Gavaris), tem menos trabalho. Uma vez que o marido de Allison Donnie (Kristian Bruun), o Detetive Arthur "Art" Bell (Kevin Hanchard), e o amigo cientista de Cosima Scott (Josh Vokey) estão presentes para dar suporte ao clube dos clones em diferentes aspectos. 

O escorregão fica por conta de Sra. "S" (Maria Doyle Kennedy), a mãe adotiva de Sarah e Fee, ultrapassa o limite da ambiguidade. Não parece ser uma personagem com camadas, mas sim uma personagem que não conhece a si mesma. Mudando de lado constantemente, e convenientemente revelando informações importantes que antes parecia desconhecer.

Kristal, clone novo!
Vilões de diferentes lados, mais clones, mistérios e sempre uma nova e maior organização misteriosa arquitetando tudo. Orphan Black segue direitinho a cartilha da ficção cientifica com mistério e doses de humor. Mas é ao voltar as atenções para as relações e as diferentes personalidades de cada um dos clones, que a série ganha valor e encontra novos rumos nesta terceira temporada.

É claro, a história continua rocambolesca (e deve ficar mais, o criador quer 8 temporadas e um filme), e o final cheio de ganchos para o quarto ano. E mais importante, ainda acreditamos que cada clone é um individuo único, esperando um momento que Maslany esgote as possibilidades de atuação (algo que parece distante de acontecer). Logo, o "clube dos clones" ainda tem fôlego para novas aventuras.


Orphan Black está atualmente em sua quarta temporada. Desde Maio deste ano a série passou ser uma produção exclusiva daNetflix no Brasil. As três primeiras temporadas já estão disponíveis no serviço de streaming, com 10 episódios cada. Ainda não há previsão para a estreia do quarto ano por aqui, uma vez que a Netflix não produz a série e precisa respeitar a janela de exibição fora do país.

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